quinta-feira, 22 de novembro de 2007

De Bauru para o mundo

Temos que reconhecer que Izzo Filho colocou Bauru na história. Vamos ser sempre lembrados por aquela fuga e a caçada que se deu.

Bauru ficou mais conhecida ainda em todo o país. Tenho certeza que até no Paraguai a notícia chegou, pois meu sogro estava por lá e foram perguntar a ele se conhecia o prefeito fujão.

Mas não podemos esquecer de outra coisa que Izzo fez e que é um produto bauruense usado hoje em todo o Brasil: o tal do mensalão.

Izzo inventou a fórmula, depois copiada por diversos outros mandatários, de assalariar alguns vereadores para manter a maioria na câmara e ter seus projetos e suas contas aprovados.

Mesmo de fora da prefeitura continuava com seu mensalinho. Quem é que não se lembra do caso das fitas?

Não dá para afirmar que Izzo tenha inventado esse esquema sozinho, exclusivamente de sua própria cabeça.

Embora saibamos que para maldades e sacanagens a cabeça dele seja privilegiada, pode ser que a idéia tenha sido proposta até mesmo por algum vereador.

Mas o fato é que Izzo aprimorou e patenteou o esquema.

Depois disso a coisa só fez evoluir. Diversos outros prefeitos passaram a "mensalar" seus vereadores. Governadores e até o Presidente da República adotaram o mesmo esquema.

Foi assim que conseguiram aprovar a reeleição para FHC. E foi assim que dezenas de CPIs foram para as calendas no congresso nacional.

Da mesma forma foi assim que o PSDB conseguiu arquivar quase cem comissões de inquérito em São Paulo.

Depois veio o Marco Valério, se apropriou da idéia, implantou como se fosse sua em Minas Gerais e em Brasília, e deu no que deu.

Agora o esquema está exposto demais, todo mundo sabe como funciona, até a justiça.

Mas logo mais surgirá outro mecanismo até mais sofisticado, quem sabe se da cabeça de Izzo mesmo, já que ele tem know how.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

De Minas para o mundo

Ô trem bão o tal de mensalão, sô!

Uai! É um produto autêntico de Minas, exportado para todo o Brasil, principalmente para a capital.

O procurador geral da República diz ter provas do Mensalão do PSDB em Minas Gerais (leia aqui). Ele deve ter achado o DNA mineiro do Mensalão.

E nós aqui pensando que o PSDB estava combatendo o mensalão por honestidade! Agora a carapaça caiu de vez e vestiram a carapuça.

Estavam mesmo é querendo cobrar royalts, know how; estavam fulos com quem copiou seu sistema, patenteado em Minas, de fazer dinheiro público escorrer para os cofres e bolsos de seus correligionários.

O PSDB é ainda um partido novo, mas já tem enorme tradição nesse tipo de maracutaia (homenagem a nossa coleguinha blogueira).

Mal tínhamos derrubado um presidente por corrupção e diversos parlamentares por esquemas no orçamento, mal acabou o governo Itamar, o único sério que se tem notícia, e logo vem o PSDB com suas novidades de caixa 2 e mensalão.

E não foi só em Minas não!

O de lá foi descoberto pelo simples fato de terem denunciado o Marcos Valério em suas andanças pelo planalto central.

Marcos Valério já andava por lá desde há muito tempo, fora apresentado à corte peessedebista como a salvação da lavoura, como "o esquema mais profissional" de fazer caixa 2 que surgira. De Minas para o Brasil.

A grande marca do PSDB é esse tal do Propinoduto. Sua maior expressões é o finado Sergião.

Quem lê e presta atenção no que lê, sabe que, fora o comprovado de Minas, há indicios sérios de mensalão em São Paulo, no período Covas - Alckmin; em Goiás, no período do Perillo; no Pará de Almir Gabriel; no Rio de Marcello Alencar, no Paraná de Álvaro Dias; no Mato Grosso do finado Dante de Oliveira; e em Brasília de FHC.

Isso só para falar dos maiores e mais evidentes.

O Mensalão surgiu como que uma panacéia para resolver os problemas de dinheiro das lideranças insurgentes no período pós Collor.

Era sobejamente conhecido e contava com o apoio do governo central e com o beneplácito da imprensa e da justiça.

Ainda não será desta vez que o tumor virá a furo, mas quem quiser pesquisar mais a fundo esse fenômeno pode, desde já, começar por entrevistar Roberto Jefferson. Ele tem o caminho das pedras.

Ele vai revelar que o mensalão carrega o DNA mitocondrial de Minas Gerais, a Eva era mineira, mas o pai era do planalto central, um ex senador mulato que tem por hábito não reconhecer a paternidade de alguns filhos.

http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI2092814-EI7896,00.html

sábado, 10 de novembro de 2007

Beiçola e beicinho

Vai ser até gostoso participar da próxima eleição. Na passada eu já escrevia um blog, mas não tratava de assuntos da terra. Tinha pouco leitores e escrevia mais para aprender a organizar a estrura do blog, pois era em php, alojado em provedor pago e tudo.

Agora tenho muito menos tempo, mas não preciso de organizar nem o layout do blog, meu filho faz para mim.

O blog tem mais leitores, acredito em cerca de uns 180, ou pouco menos que isso, dos quais uns 80 são assíduos e até enviam emails sugerindo assuntos e dando dicas, principalmente de apelidos dos nossos amiguinhos do poder, muitos deles, apelidos, impublicáveis, mas que posso enviar por email para quem solicitar.

Um dos que mais apelidos tem é o "Cunhado de Confiança", não sei o que esse sujeito fez que tem tanta gente que se diverte contando histórias nada elogiosas a seu respeito.

Outro que já começou a ter apelidos e histórias revelados é o "Filhinho da Mamãe", ontem mesmo sugeriram um: Beicinho. Achei muito bom e vou adotar, embora com medo de levar umas guardachuvadas da supermãe do dito cujo.



Bebê chorão

Pois vai ser divertido narrar a contenda de 2008 ao vivo e a cores, principalmente a refrega entre Beicinho e Beiçola, ambos conhecidos mais por serem "parentes" do que por mérito próprio.

Beicinho é conhecido por ser filho, sobrinho, neto. Beiçola por ser cunhado, se bem que Brisola dizia que cunhado não é parente. Eu digo que cunhado é serpente, esse pelo menos é.

Se Beicinho vier a ser prefeito, coisa que fará Bauru andar de ré, teremos pelo menos uma novidade, teremos o único caso na história de Primeira Mãe. Deverá ser ela a tocar o Fundo de Solidariedade e com certeza vai mandar mais que o filho.

Beiçola não corre esse risco, não ganha eleição nem na própria família.

Estou de olho!

Dizem que nosso querido presidente do DAE, o "Cunhado de Confiança", vulgarmente conhecido por "Beiçola", ou "Boca Mole", ou ainda "Perna Bamba", tem farto material fotográfico e videográfico que mandou captar através do órgão.

Ele vai deixar o DAE, ou para ser o candidato saco de pancadas do PSDB, ou assim que findar o mandato de nosso sonolento e abúlico prefeito .

Assim que isso ocorrer, logo no começo de 2009, vou protocolar um pedido de informações na Câmara dos Veradores, solicitando o levantamento de todo esse material, para tentar descobrir a que fim serviria e para calcular quanto custou cada foto ou cada minuto registrado em vídeo.

Conforme for, vou colher assinaturas para uma ação popular contra o Boca Mole, pois não acho que o DAE tenha que gastar recursos para satisfazer as vaidades de seu presidente de plantão ou do prefeito que o nomeou.

Antes porém, só por precaução, vou fazer chegar à Justiça Eleitoral um outro pedido, de observação pormenorizada de todo e qualquer material de propaganda eleitoral que venha a ser produzida por quem quer que tenha alguma ligação com Beiçola ou com nosso prefeito dorminhoco.



Por falar nisso, precisamos descobrir o que foi que ofereceram dessa vez para o Dudu Raneiri em troca da legenda de aluguel. Da outra vez ele pediu o DAE para o Nilson Costa, agora deve ter pedido bem mais.

Mas o homem é um tremendo pé-frio e embarcou na canoa mais furada de toda sua vida de naufrágios.

Primeiro que esse grupo não ganha eleição nunca mais. E se ganhasse, jamais cumpriria qualquer acordo, pois são os maiores traíras que se tem notícia.

Mais uma vez Dudu está por fora, graças a Deus!

E já pode ir esquecendo o apoio dos traíras para deputado, até lá já saíram do DEMO e bandearam para outra legenda qualquer. Dizem que até com o Quércia já conversaram.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Mais sobre a Nova Direita

A nova direita surge raivosa e veste a carapuça facilmente.

Recebi um comentário mal educado sobre o post "A Nova Direita" que até desconfio de onde veio, se não acerto o local exato, acerto a vizinhança, com certeza.

E mirando para lá escrevo essas linhas. Se não matar no ninho, vou acertar na asa.

A nova direita, mais raivosa e babona, surge no espaço que os neolibeirais deixam vazio por não conseguirem ter militância aguerrida.

Estamos cansados de ver como prolifera rápido a peste dos oportunistas sem história, sem passado e sem futuro, no vácuo daqueles que se afastam das posições que defendiam antes e passam ao neoliberalismo.

Esses trânsfugas trazem consigo uma espécie de "lumpenzinato" intelectual, uma choldra de oportunistas que procuram na política espaço para a solução dos problemas sociais deles mesmos.

Vivemos esse vácuo em Bauru e vemos surgir no cenário político todo o tipo da praga dos oportunistas, mormente essa nova direita, meio que juvenil, meio que modernosa, mas igualmente bronca, como era aquela que marchava em defesa "da família e da propriedade", não tão antigamente.

O que terá havido? Como é que lideranças surgidas da resistência à ditadura da antiga direita, esta última já até absorvida pela dinâmica da democracia nascente, só conseguem procriar filhotes do atraso?

Estamos cansados de ver antigos militantes das causas libertárias tornarem-se neoliberais e passarem a liderar uma gelatina amorfa que se constitui no que há de pior em termos de oportunismo e de ocupação dos espaços políticos em seu próprio proveito.

É daí que surgem os escândalos, os roubos, as propinas, as horas extras inexistentes, as caixinhas, os funcionários fantasmas, os mensalões e mensalinhos, os caixas dois, o uso da máquina para a eleição.

É daí que surgem os almoços caros pagos com dinheiro do erário. É daí que surge toda a sorte de malversação dos recursos públicos.

É daí que surgem aqueles que querem transformar em feudos os espaços que seriam da participação.

Nosso prefeito foi o típico fomentador dessa nova direita, em seu pífio mandato que caminha rapidamente, como ele próprio, para um triste ocaso.

Por enquanto não vemos surgir nenhum candidato em que se possa confiar, que não vá se enveredar por esse mesmo caminho, a não ser, talvez, o candidato que vem da direita mesmo. Por incrível que possa parecer, é o mais promissor e pode surpreender positivamente.

Ao resto aplica-se a máxima do Barão de Itararé: "De onde menos se espera, é de lá que não sai nada mesmo".

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

A Nova Direita

Outra noite saímos com meu filho, a namorada e a família dela.

O pai dela fuma charutos e fomos à procura deles.


Acabamos tomando uns drinks no ComPrando, numa mesa bem ao lado de três casais estridentes que não paravam de tecer comentários e críticas ao "governo dos pobres", como chamavam.

Falavam sobre tudo, do "apagão aéreo" ao aborto, passando inclusive pela "liberação da maconha", que eu nem sabia que o Lula defendia.

Interessante, a até alarmante, foi constatar que surge um novo tipo de pensar e falar preconceituoso e prepotente, que não se preocupa nem um pouco com a sociedade e só raciocina ao redor de seus umbigos e das notícias deturpadas produzidas por certa parte dos meios de comunicação.

A mesa, pelo que pude perceber, era composta de oriundos de classes mais baixas, que chegaram à condição de classe média média. Três deles, duas mulheres e um rapaz, eram advogados; um casal era dono de uma locadora de vídeo, ela assistente social, ele analista de sistema, ou algo parecido.

O outro rapaz, o mais preconceituoso, era funcionário público, da CDHU, parece que engenheiro, e não cansava de citar, em seus argumentos, as casas e os conjuntos habitacionais "de pobre".

Esse engenheiro(?) elaborou um longo raciocínio tentando explicar que os "ricos", os "pobres" e "o governo" são exploradores do que ele chamou "produtores", "empresários" e "profissionais" como ele.

Na ótica dele quem produz são os empresários e os tais "profissionais", os demais vivem dos impostos. São os ricos, que, segundo ele, ficaram ainda mais ricos no governo Lula; e os miseráveis, que vivem da "bolsa família".

Ao explicar o sistema de construção de casas populares da CDHU, comentou que naquela mesa estavam pagando parte da prestação de "algum vagabundo", como se referia aos mutuários.

Acabou por concluir, numa defesa que fazia de Geraldo Alckmin, que o "Serra é comunista", "igual ao Lula" e, não sei por que, "igual ao Tidei de Lima".


Na outra mesa ao lado estava um conhecido jornalista e professor que, igualmente a nós, ouvia tudo calado.

Me ocorreu que na época do Tidei e do Montoro os funcionários públicos pelo menos tinham amor naquilo que faziam.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

FEBEABRU

Nosso blog terá uma coluna dedicada ao FEBEABRU - Festival de Besteiras que Assola Bauru, na qual registraremos algumas das pérolas que têm surgido na Cidade Sem Limites.

A primeira delas foi ouvida já há mais de mês, no calçadão da Batista.

Membro graduado da cambada que bajula o alcaide sonolento dizia, para quem quisesse ouvir, que fazia parte da "esquerda" do DEM.

Será que avisaram o Bornhausen?

O mais interessante que era o mesmo que criticava o Nilson Costa por ter tido Dudu como vice.

Dá para entender?

Novo Blog

Depois de muito tempo sem mexer com esses assuntos da política e dos (maus) costumes de Bauru, resolvemos, meu filho e eu, retomar a atividade de blogueiros.

Deixamos para trás os blogs antigos e começamos este novo, cujo layout será de responsabilidade do Júnior, bem como o Mini Blog que ele criou também.

Para mim fica a responsabilidade de escrever alguns textos, sem o compromisso de regularidade nem de freqüência, que serão publicados e ilustrados também pelo Júnior.

Já tinha desistido dessa atividade de cronista do atraso e do descaso e perdido a vontade de comentar os incontáveis desmandos e absurdos que nosso alcaide perpetrou nessa que será lembrada como a "administração da vergonha" ou da falta dela.

Mas, por insistência do Júnior e de amigos, resolvi dar minha contribuição para a pá de cal definitiva que jogaremos por sobre os restos da podridão e do mau cheiro com que esse sujeito infeliz que chamamos de prefeito impregnou nossa cidade.

Escrevo esta introdução emocionado, e engasgo ao som de Vai Passar (Chico e Hime), que toca no Ipod que ganhei no dia dos pais.

Adaptei para Bauru um trecho da letra:

Dormia a nossa terra mãe tão distraída

sem perceber que era subtraída

em tenebrosas transações.

Mas Vai Passar!..